Os fatores a ter em conta para a escolha de um
grupo eletrogéneo são:
Saber o tipo de trabalho que deve realizar, se se tratar de um serviço pesado ou se for para serviço de emergência.
Conhecer a potência absorvida necessária, somando a potência de todos os aparelhos elétricos a alimentar ao mesmo tempo.
Ter em conta as condições atmosféricas, a temperatura ambiental e a altitude.
Quando se tratar de alimentar motores elétricos, deve ter-se em conta o fator de potência e a sobrecarga de arranque.
Vamos supor que temos que alimentar os seguintes aparelhos elétricos:
- Um motor trifásico de 10 CV a 380V com arranque direto.
- Um motor trifásico de 15 CV a 380V com arranque estrela triângulo.
- Uma bateria de luzes cuja potência total é de 4 KW.
O grupo eletrogéneo deve realizar serviços pesados. A temperatura de trabalho é de 30º C. O grupo deve ser instalado a 400 metros sobre o nÃvel do mar. Em primeiro lugar, procederemos a somar a potência absorvida por cada recetor.
O motor de 10 CV absorverá 7,36 Quilowatts que, divididos pelo fator de potência, (normalmente 0,8) nos dará 9,2 KVA. de potência nominal, como a potência necessária para o arranque é de 4 vezes a nominal, teremos como valor de ponta 36,8 KVA.
Ao segundo motor de 15 CV corresponder-lhe-á uma potência nominal de 13,8 KVA. Ao tratar-se de um motor que arranca com o dispositivo estrela-triângulo, multiplicaremos a potência nominal por 3, com isso iremos obter uma potência de ponta de 41,4 KVA.
A potência absorvida pelos aparelhos de iluminação, a 220V é de 4 Quilowatts, portanto a dividir pelo fator de potência iremos obter 5 KVA
Portanto, a potência de ponta absorvida pode chegar a ser de 83,2 KVA.
Se tivermos em conta que a maioria dos alternadores admitem uma sobrecarga de arranque da 2,5 potência nominal, dividiremos os 83,2 KVA por 2,5 a obter que a potência do grupo eletrogéneo deveria ser de no mÃnimo 33,28 KVA.
Como se trata de um grupo para serviços pesados, multiplicaremos a potência mÃnima do grupo 33,28 pelo coeficiente de segurança 1,1 a obter 36,6 KVA.
Apenas falta contemplar as perdas de potência por temperatura e altitude. Por ter de trabalhar a 30º C, devemos acrescentar o 4% pelos 10º acima da temperatura base e um 4% mais por ter de trabalhar a 400 metros sobre o nÃvel do mar, dessa forma finalmente iremos obter:
(36,6 x 8): 100 = 2,9 KVA que somados aos 36,6 vão dar-nos 39,5 KVA. Na prática, será aconselhável um grupo eletrogéneo de 40 KVA.