Projecto da rega por aspersão

projecto da rega por aspersão

O projecto de rega por aspersão passa pela realização de um projecto agronómico e, a partir dele, de um projecto hidráulico. Com o primeiro, é realizado o planeamento geral do sistema em base aos condicionantes do meio (solo, culturas, clima, parcelamento, etc.), com o objectivo de conseguir uma distribuição uniforme da água e que aquela se infiltre onde cai (não existe escoamento). Com o segundo, pretende-se realizar o dimensionamento mais económico da rede de canos, com a pretensão de alcançar umas condiciones semelhantes de pressão nos emissores, para tratar de conseguir uma distribuição da água uniforme.

Os dados de partida para o projecto agronómico são habitualmente: o plano da parcela a transformar (com curvas de nível). Caudal disponível e qualidade da água. Dados do solo, que intervém como armazém regulador e como factor limitante da pluviometria do sistema. Dados da cultura, em especial as necessidades hídricas e profundidade radicular máxima, alternativa de culturas, lavoura, etc. Dados do vento.

A estes dados de partida devem incrementar-se uma série de decisões fundamentais ao sistema, quadro de rega e aspersor.

Distribuição uniforme da água de rega

O processo de aplicação de água de um aspersor consiste num jacto a grande velocidade que se difunde no are num conjunto de gotas, distribuindo-se sobre a superfície do terreno com a pretensão de conseguir uma distribuição uniforme entre vários aspersores. 

A uniformidade de distribuição da água depende principalmente do modelo de distribuição de água do aspersor e da disposição de aspersores no campo (quadro de rega). A estes factores tem que se adicionar um outro, que é o vento, em intensidade e direcção, uma vez que é o principal elemento de distorção da uniformidade de distribuição, e joga um papel fundamental nas perdas por evaporação e arraste produzidas durante o processo de aplicação, e em que o tamanho de gota e a longitude da sua trajectória de queda jogam um papel importante. 

Podem incluir-se outros factores de menor transcendência como: a altura do aspersor sobre o terreno, a colocação de reguladores de pressão quando se trabalha com baixa pressão em sistemas estacionários, ou a duração da rega. Este último é, tal vez, o factor mais importante de este grupo, devido a que a maior duração de uma rega favorece a uniformidade de aplicação, por se compensar em parte as distorções produzidas pelo vento a variar ao longo do tempo.

Avaliação do sistema

A avaliação do sistema consiste numa prova em condições reais de campo que mede a qualidade da rega sobre a base do controlo dos parâmetros envolvidos na aplicação da água, vem definida fundamentalmente através de medidas de uniformidade, que dão uma ideia da igualdade com que a água de rega se distribui nos diferentes pontos da parcela e medidas de eficiência, que dão uma ideia da extensão da parcela em que a rega foi correctamente aplicada. 

Esta avaliação é a base para a identificação dos problemas que apresenta a instalação e das modificações a realizar para melhorar o manejo do sistema e a sua uniformidade de distribuição de água. Às vezes as melhorias a introduzir podem ser simples, desta forma o funcionamento de uma rega por aspersão pode ser melhorada variando: a pressão de trabalho, o tamanho e número de boquilhas, a duração da posição de rega, etc., ou simplesmente mudando o material desgastado.

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